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60s

falando dos anos 60, não poderia deixar de compartilhar com vocês o texto do meu querido amigo - estou morrendo de saudades - uma publicação do meu antigo blog, que vem a calhar com esse meu momento.

Fah querido, um beijão

Os anos de 1960, acima de tudo, foi um prenuncio de liberdade para a moda. A juventude aflorava em todos os aspectos. Era a vez dos jovens que começavam a se opor à sociedade de consumo vigente. É nesse cenário que ocorre uma democratização da moda, que não era mais uma moda única, e que passa a ter várias propostas. O vestir se tornava aqui cada vez mais ligado ao comportamento. A moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época. Assim surge meu fascínio por essa década.

Na moda, a grande vedete dos anos 1960 foi, sem dúvida, a minissaia. De acordo com historiadores da moda, a inglesa Mary Quant divide com o francês André Courrèges sua criação. Entretanto, nas palavras da própria Mary Quant: “A idéia da minissaia não é minha, nem de Courrèges. Foi a rua que a inventou”. É neste momento que a moda das ruas começa a ‘ditar moda’ e ser influencia dos grandes estilistas.

Além de Quant, André Courrèges, em 1965, na França também inicia uma verdadeira revolução na moda, com sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de futuro com suas ‘moon girls’, de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes. Enquanto isso, Yves Saint Laurent criou vestidos tubinho inspirados nos quadros de Mondrian e o italiano Pucci virou mania com suas estampas psicodélicas. Paco Rabanne, em meio às suas experimentações, usou alumínio como matéria-prima.

Temos também nessa década, a moda unissex, que ganhou força com os jeans e as camisas sem gola. Pela primeira vez, a mulher ousava se vestir com roupas tradicionalmente masculinas, como o smoking lançado para mulheres por Yves Saint Laurent em 1966. A alta-costura cada vez mais perdia terreno, e Saint Laurent consciente dessa nova realidade inaugura sua primeira butique de prêt-à-porter de luxo.

Entretanto, em minha opinião, o que mais traduz a década de 1960, é a imagem da modelo e atriz Twiggy, com sua aparência adolescente, extremamente magro, com seus cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador, quase uma ‘boneca’. Uma imagem que revela o espirito daquela época, essencialmente jovem e aberto ao novo.

Talvez seja por essa jovialidade e contestação, por uma moda sem amarras e mais de ‘rua’, pelo declínio da alta costura e o inicio do prêt-à-porter, e tantas outras novidades, que esse período da historia do século XX tanto me fascina e emociona.

Fabrício de Souza Fortunato


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